Dizem que se conselho fosse bom a gente não dava, vendia. Concordo em parte porque se ele vem de alguém que não tem nada para me agregar, realmente eu ignoro com sucesso, mas, se ele vem de alguém que quer o meu bem, no mínimo paro para ouvir e avaliar se faz sentido para mim.
Pois é, foi assim que em um encontro de amigas recebi o seguinte conselho: “Pri, por que você não lê o livro Coragem De Ser Imperfeito, da Bené Brown, acredito que vai trazer paz para o seu coração”. Fiquei intrigada, sabe? Quem não quer um pouco de paz nesta vida atribulada que vivemos hoje?
Como boa sanguínea que sou, saí do café, passei na livraria e, no mesmo dia comecei a leitura. O que vou compartilhar aqui são algumas das minhas impressões sobre esse livro e sobre a questão da vulnerabilidade.
Eu não sei como é para você, mas para mim vulnerabilidade sempre foi sinal de fraqueza. Vivi até então com a certeza que deveria levantar todas as manhãs estando pronta para realizar mil tarefas: ser a melhor profissional, a melhor esposa, a melhor filha, a melhor irmã, a melhor amiga, a melhor em tudo. Era eu contra o mundo: podem vir os desafios que estou preparada! Sou a Mulher Maravilha! Você também se sente assim?
Acontece, gente, que a sobrecarga de responsabilidades me levou à exaustão física e mental. Desempenhar com perfeição a carreira profissional, cuidar do casamento, dos estudos, das atividades domésticas, ser fitness e outras tantas cobranças pessoais para agradar a todos me levaram ao estresse, à exaustão, a dores de cabeça e musculares constantes. Eu não pedia ajuda porque eu tinha que dar conta (que vergonha admitir que eu não era capaz de fazer tudo!), eu não reclamava porque ninguém gosta de gente que reclama, eu me sobrecarreguei porque tinha medo de ser vulnerável.
Foi neste contexto de vida que comecei a ler o livro e logo nas primeiras páginas me deparo com: “A percepção de que estar vulnerável seja sinal de fraqueza é o mito mais amplamente aceito sobre a vulnerabilidade – e também o mais perigoso. Acreditar que vulnerabilidade seja fraqueza é o mesmo que acreditar que qualquer sentimento seja fraqueza.” Percebi então que estava anestesiando todos os sentimentos ruins (cansaço, tristeza, indisposição, etc.) para poder conseguir fazer tudo, todavia, nesse processo anestesiei os bons sentimentos também e a infelicidade bateu na minha porta.
Vulnerabilidade é incerteza, é risco e é exposição emocional, mas também é onde estão a criatividade, a alegria, o pertencimento e o amor. Nós, mulheres, gostamos de ver a vulnerabilidade e a verdade transparecerem nas outras pessoas, mas temos medo de deixar que elas as vejam em nós. Isso porque tememos que a nossa verdade não seja suficiente.
É por isso que um processo de autoconhecimento como o Masterlove é tão importante. Ele te ensina a abraçar a sua vulnerabilidade, a entender de onde vem essa cobrança exacerbada com as multitarefas, a se livrar da bagagem de culpa e cobranças que levam à compulsão pelo controle, além de refrear a forte tendência a se doar demais para qualquer mínima tarefa com a intenção de agradar ao outro.
Somos seres humanos longe da perfeição e o equilíbrio e o autocuidado são fatores importantes para lembrar que a heroína não existe. Está tudo bem errar. É normal fracassar e perder faz parte da vida, além disso, é perfeitamente permissível não dar conta de tudo. Pare de querer ter certeza sobre todas as coisas. Pare de jogar a culpa nos outros. Busque ajuda profissional de uma Masterlove para desenvolver a sua autoestima, desenvolver a sua autonomia e buscar maneiras de ser mais independente emocionalmente para começar a criar vínculos profundos com as pessoas sem medo de mostrar suas vulnerabilidades.
Aqui estamos em um ambiente muito seguro e acolhedor, livre de quaisquer julgamentos. Nosso intuito é te ajudar a crescer como SER humano e a entender que a mulher maravilha que habita em você pode e deve pedir ajuda, pode e deve ter alternativas; e sim, ela tem o poder do equilíbrio e de escolha para determinar quais atividades do seu dia fazem sentido, agradam e agregam para você!
Priscilla Andrade de Oliveira