Alguns dias atrás me deparei pensando no caminho que
percorri para chegar aonde estou hoje. Alguns passos de maneira programada,
organizada, racional, mas uma boa parte sentindo o que minha intuição e meus
instintos diziam. E pensei em como sou grata por isso!
Fiz muita bobagem no meio do caminho? Com certeza! Mas fiz muitos acertos também. Normalmente somos criadas para seguir o que a sociedade dita, deixando nossas vontades de lado, nos preocupando com o que o fulaninho vai pensar. O que vai falar de mim? Consequentemente nos tornamos adultas frustradas, que deixaram os próprios sonhos de lado, talvez nem ousamos sonhá-los pois, vinham acompanhados de críticas. Cursamos a faculdade que nossos pais queriam, conseguimos o emprego que falaram que seria o ideal, construímos uma família, muitas vezes com base no que nos disseram que seria o relacionamento certo e nos contentamos com o mínimo, com o pouco.
Amadurecemos cheias de frustração, de raiva, muitas vezes sem compreender como nossa vida chegou nesse ponto. Talvez até pense que tem a vida perfeita e não entende de onde vem esse vazio, que não faz sentido ele existir. Talvez até mesmo pensamentos como: “talvez eu seja o problema” ou “deve ter algo de errado comigo”. Deixamos de lado nossos instintos de mulher, nossa intuição que é parte natural nossa. Mesmo com ela gritando na nossa cabeça, arrumamos desculpas para abafar sua voz. E nos afundamos cada vez mais em nós mesmas.
Mas acredite, não tem nada de errado com você. Já fui assim por algum tempo, fazendo o que diziam que uma “mulher direita” deveria fazer, deixei de lado meu “sexto sentido” por não confiar em mim mesma, vivia me colocando em último lugar e fazendo de tudo para agradar aos outros. Até que entrei em crise existencial, mesmo tendo apenas 20 e poucos anos. Mesmo tendo uma família linda, com marido amoroso e uma linda menininha, não era rica, mas vivia bem, tinha uma carreira, tinha tudo que dizem que precisamos para ter uma boa vida. Mas não me reconhecia mais. Não entendia o que tinha de errado comigo, o porquê de eu estar tão frustrada.
E que bom! Que bom que passei por essa crise! Isso me despertou a curiosidade de saber o que estava acontecendo comigo, me levou a me desenvolver, curar minhas feridas (inclusive as que eu nem sabia que tinha), trouxe meus instintos e minha intuição de mulher de volta, me trouxe meu amor-próprio e me despertou uma nova paixão: ajudar outras mulheres a se curarem também.
Se curarem transformando a mentalidade, trabalhando a autoestima, a sexualidade feminina. Criando um mundo de mulheres prósperas, seguras e felizes. E ouso dizer, leves! Tendo leveza no dia a dia, no trabalho, no relacionamento e principalmente consigo mesmas. A única frase que me vem à mente para finalizar, é a frase da minha mentoria DONNA: Seja Donna da sua vida!