Você sabe qual é um dos maiores pesadelos de quem viaja sozinha? No meu caso sempre foi me perder e ficar sem bateria no celular. Eu tentei muito evitar esse momento, mas infelizmente aconteceu. Faz parte da experiência enfrentar os medos, mas tinha que ser no dia do primeiro encontro com o escocês?
Estava tudo combinado, mas começou tudo errado, no dia do encontro, marcado para às 11 horas da manhã, eu dei bom dia às 10 horas e não tive nenhuma resposta, esperei até às 11 horas e continuei sem notícias, então, já que não sou de desperdiçar meu tempo, fui viver minha vida, saí com as amigas para conhecer mais de Edimburgo. Que cidade linda, cheia de história e magia, a cada esquina eu me surpreendia.
Foi então que do nada eu vejo a mensagem dele me dizendo que acordou atrasado e dizendo que estava por perto. Eu resolvi abrir o GPS e caminhar até ele, compartilhei minha localização e pedi para que me esperasse, mas eu me perdi, ele tentou me encontrar e nos perdemos um do outro, desistimos porque eu estava quase sem bateria e não tinha mais como procurá-lo. Precisei pedir para uma das minhas amigas me encontrar no lugar onde eu estava e me ajudar a sair dali. Eu estava cansada e frustrada por não ter conseguido encontrar o boy.
Aquela noite eu fui dormir pensando se deveria ou não tentar encontrá-lo no dia seguinte. Será que valeria a pena? Será que ter me perdido seria um sinal do universo me dizendo “desista”?
Se foi um sinal eu ignorei solenemente, pois no dia seguinte lá estava eu tentando mais uma vez encontrar aquele homem de quase 2 metros de altura (como eu pude perdê-lo de vista?). E sim, finalmente conseguimos nos encontrar. Caminhamos pela cidade, tomamos um café e paramos no Princes Street Gardem, deitamos na grama como um casal em um livro de romance, papo vai, papo vem até que finalmente nossas bocas se encontraram em um beijo. Foi então que me perdi novamente dele, ou melhor, da língua dele. Aquele beijo de lábios era novo pra mim, me senti em uma novela, foi um beijo técnico e eu fiquei com vontade de ensinar para ele um beijo brasileiro.
Vários jardins depois, ou melhor, encontros, e a língua ainda não vinha, mesmo que eu buscasse, mas as carícias delicadas, me deixavam romanticamente molhada. A excitação em nossos corpos ficava evidente a cada toque e, as várias mensagens safadas que trocamos me fizeram querer descobrir se ele sabia usar a língua em outro lugar ou se definitivamente o gato tinha comido.
Após uma tarde no Jardim Botânico, fomos para a casa dele e tudo começou com luz baixa, música suave e uma massagem da cabeça aos pés, foi uma delícia e eu aproveitei cada minuto. Até que ele resolveu me beijar em outros lábios, dessa vez de língua. E, analisando cada detalhe, eu posso dizer definitivamente que ele era muito melhor com as mãos.
Depois desse sonho eu comecei a me questionar se eu gostava mais de língua ou de mãos. Ops, eu disse sonho? Tudo isso pode ter sido real ou o sonho que tive aquela noite depois que me perdi, você pode acreditar no que quiser, eu só posso dizer que ainda preciso experimentar línguas estrangeiras para me decidir.
Se você tem vontade de enfrentar seus medos, realizar seus sonhos, mas precisa de ajuda no seu processo de empoderamento, autoconhecimento e autoconfiança, agende seu horário, estou te esperando!
Sexologa Ilana