Acredito que, se você está lendo esse artigo, é porque
está enfrentando um pós-divórcio.
Não é fácil, eu sei. Senti na pele o que é isso.
Posso te garantir uma coisa: dói, mas passa. Sempre passa.
Mesmo que a iniciativa tenha sido sua, temos a sensação de perder o chão, pois todos os nossos planos foram por água abaixo. Como um castelo de areia, que demora muito tempo para ser construído e – quando a maré enche – uma simples onda leva tudo embora.
O que fica é aquela sensação de derrota, de que fracassamos, de que poderíamos ter tentado “só mais um pouquinho”. Mas às vezes é inevitável. Conscientemente você sabe que foi melhor assim e, a sua única alternativa é continuar vivendo. Mesmo com dor.
Selecionei 7 dicas para te ajudar a enfrentar essa fase tão difícil. Essas dicas não foram tiradas de livros, revistas ou artigos científicos. São as minhas experiências pessoais que me trouxeram até aqui, onde me encontro feliz e me incentivaram a ser Master Love, pois o meu propósito é auxiliar você, mulher, a superar o seu divórcio assim como eu superei o meu.
1 – Respeite seu momento de luto.
O casamento é como se fosse o primeiro filho do casal. Quando acaba, fica a sensação de que alguém que você criou e tanto se dedicou partiu. Triste, né? É uma dor que sufoca, que mina o seu ânimo para qualquer coisa. Mesmo que o casamento não estivesse legal, é uma sensação de perda, de fracasso. Você fica completamente perdida e sem condição para tomar qualquer decisão.
Muitas mulheres não respeitam o seu momento de luto, passando a fazer coisas que antes não faziam porque “eram digníssimas senhoras casadas”. E metem o pé na jaca: saem com as amigas solteiras, enchem a cara na balada, ficam com um e com outro, mas quando a ressaca passa, o vazio reina.
Não é errado aproveitar a liberdade, desde que você esteja plenamente preparada para isso. Você deve estar se perguntando: afinal, quando vou saber que meu luto já passou? Essa resposta varia de mulher para mulher. No meu caso, durou exatamente 1 mês. Ainda doía, mas eu aprendi a conviver com a dor e fui me acostumando, aos poucos, com a minha nova vida. Quando você estiver totalmente segura dos seus atos, você vai perceber que o luto acabou.
2 – Perdoe-se e perdoe seu ex-parceiro. Liberte-se e liberte-o. Deixe-o ir.
Após a separação, é natural refletir sobre os erros e acertos de ambos durante o tempo em que a relação durou. A gente coloca culpa sempre no outro, mas nunca em nós mesmas. Isso não é reconhecido imediatamente e por isso é difícil libertar-se e deixar o outro livre. Pode ser sim que ele seja “culpado” por muita coisa, mas nós também sempre temos uma “parcelinha de culpa”.
Independente de qualquer coisa, deixe-o ir. Sim, liberte-o. Assim você também se liberta e se perdoa. Perdoe ele também. Vocês simplesmente fizeram o que sabiam fazer naquele momento, de forma certa ou de forma errada. Mala pesada a gente deixa no caminho. Deixe para trás o que não mais te agrega e olhe sempre em direção ao seu futuro. Não vasculhe a vida dele nas redes sociais, isso promove a comparação, ou seja, o antes e depois do casamento de vocês: “olha, agora ele está muito mais feliz e eu tô aqui, na fossa”. Vai por mim, não viva de passado e acostume-se com a sua nova vida, perdoando ele, se perdoando. A nossa liberdade não tem preço.
3 – Procure resgatar o que gostava de fazer antes do casamento.
Para cada escolha, uma renúncia. Quando você decidiu se casar, renunciou muitas coisas que gostava de fazer, lembra?
Pois bem, faça uma lista de coisas que você adorava fazer, mas, por estar casada, ou por ter mudado de vida, nunca mais realizou.
Eu, por exemplo, adorava ir em um barzinho à beira-mar aqui na minha cidade tomar chopp e admirar a praia. Hoje, pelo menos uma vez por semana, “bato ponto” lá.
Experimente! Você não imagina a alegria em resgatar o que te fazia tão feliz!
4 – Entenda a diferença entre solidão e solitude.
Quando você se sente sozinha e sente uma grande tristeza, isso é solidão.
Quando você está sozinha e sente um grande prazer, isso é solitude.
Os domingos eram os piores dias para mim logo que me separei. Era o dia em que eu mais me sentia só. Propício para ficar remoendo o passado e buscando quem era o culpado pelo fim da relação. Aquilo era solidão. Nossos pensamentos geram nossos sentimentos e dentro daquela solidão eu só sabia sentir tristeza.
A partir do momento em que não mais aceitei esses pensamentos, passei a ficar mais animada com os domingos, organizando minha semana de manhã e, à tarde, lendo meus livros que nunca tinha tempo para ler e explorando o Youtube para dar muitas risadas. E tudo isso “de rabo pra cima” com dizia minha saudosa vovó Margarida. E sabe o que percebi? Que quando eu me permiti ter esse momento de descanso sozinha, minha própria companhia me agradava e quantos dias eu passei curtindo um momento só meu! Isso é solitude!
5 – Permita-se!
Voltando a falar sobre “ficar de rabo pra cima” sem fazer nada, eu que sempre fui muito ocupada, passei a me permitir a ficar sem fazer nada. Para você que está lendo esse artigo, ficar sem fazer nada pode ser natural, mas para mim era bem difícil. Eu tinha a capacidade de me sentir culpada por, simplesmente, estar descansando e não limpando a casa.
Assim que me separei, eu só tinha obrigações comigo mesma: limpar a casa só para mim, fazer comida só para mim, pagar a conta de luz só para meu consumo e assim por diante. Quando essa ficha caiu, eu passei a me permitir a limpar a casa quando eu bem queria, comer fora sempre que sentisse vontade, ficar bem relaxada debaixo do chuveiro sem me preocupar com a conta! Quando você se permite, tudo se transforma e você se agrada, você se sente feliz!
6 – Mantenha a cabeça ocupada, foque em realizar coisas novas.
Quando você está ocupada com algo a realizar não tem tempo de ficar remoendo o passado. Aproveite esse período de solitude para tirar os seus planos que estavam há muito tempo engavetados. Coloque-os em prática e admire seus resultados. Parabenize-se sem esperar que alguém faça isso. Ao focar no futuro você deixa o passado apenas como lições aprendidas. Olhe com carinho para o seu passado, mas não permita que ele continue determinando seu futuro.
7 – Ame-se!
O grande amor da sua vida tem que ser você. E isso não é ser egoísta, narcisista ou egocêntrica, mas sim, cuidar bem de você.
Seu corpo não carrega apenas ossos e músculos, carrega também seus sentimentos. Quando você se ama, você transborda amor e novos amores podem surgir e sempre encontram um meio de te encontrar. Não tenha pressa para encontrar um novo amor. Valorize-se e honre a sua história. Amor gera amor, sempre.
Com carinho,
Carolina Vieira
Carolina Vieira de Paula