Sempre finalizo minhas palestras com a frase: “Busque sempre o que faz o seu coração vibrar e os seus olhos brilharem”. E hoje, compartilho com você um dos motivos que me levam a deixar esse ensinamento para todos que me assistem.

Fui casada durante 11 anos e percebi que meu relacionamento estava chegando ao fim 3 anos antes do dia do divórcio.

Aí você me pergunta: Carol, o que te prendia nessa relação?

Respondo para você que muita coisa me aprisionava, mas a principal delas era a dúvida.

Dúvida se um dia essa relação iria melhorar, dúvida se realmente eu gostava dele, dúvida se eu faria a coisa certa, dúvida sobre como seria minha vida sozinha e tantas outras. Mas, além da dúvida, existia o medo. Medo de tomar a iniciativa.

Nesses três anos “criando coragem” para pedir o divórcio, analisei alguns fatores – dentre tantos – que me levaram a perceber que a minha relação estava acabando.

Fique atenta aos sinais e observe se isso também está acontecendo no seu relacionamento:

1 – Você não tem vontade de voltar para casa depois do trabalho.

Nossa casa é o nosso porto seguro. Depois de um longo dia de trabalho, todo ser humano comum pensa em banho, janta e cama, não é verdade? Agora, quando você não sente vontade de fazer isso por saber que a pessoa está lá, assistindo aquele programa de TV que na sua opinião é chato, te recebe sem empolgação, dando aquele selinho sem graça só para dizer que te cumprimentou e você sente na sua alma que gostaria de estar em qualquer outro lugar do mundo, menos ali. Existe um sinal muito claro de que a conexão entre vocês está em desequilíbrio.

2 – Você não tem mais paciência para o diálogo, porque sabe que tentou várias vezes e nunca resolveu.

Esse é um claro sinal de que você simplesmente cansou de tentar. Nós, mulheres, somos mais resilientes que os homens quando o assunto é discutir a relação. Tentamos de todas as formas e lutamos contra os nossos próprios sentimentos para manter nosso relacionamento. Quando você desanima porque sabe que não adianta mais, é porque virou um “tanto faz”, ou seja, ‘pra quê jogar graveto em uma fogueira que não pega mais?’, como dizia nossa saudosa Marília Mendonça em uma de suas inesquecíveis composições.

3 – Você perde a admiração pela outra pessoa.

O que mantém a chama do amor acesa, sem dúvida é a admiração recíproca. Quando você convive com alguém que admira, a cada dia que passa você ama mais essa pessoa. Quando a admiração se torna decepção, por mais que a pessoa tente, ela não será mais interessante aos seus olhos. É como um cristal que, quando se quebra, nunca mais volta a ser o que era antes. Hoje, os motivos que levavam você a admirar o seu parceiro, pode ser que tenham deixado de existir. Porque ele mudou ou porque – talvez – você tenha mudado. O que antes era admirável para você, atualmente já não é mais.

4 – Ambos não tomam a iniciativa do beijo.

O beijo é uma das conexões mais fortes entre os casais. Por isso, o “primeiro beijo” do casal determina se aquela relação vai pra frente ou não. É o que chamamos de atração física, depois do olhar, é o toque, a química que ocorre nos corpos enquanto se beijam. Se, envoltos na rotina, o beijo deixa de existir, a relação está fadada ao fracasso. Existem casais que fazem sexo, mas não se beijam durante o ato. Sabe o que é pior? Eles nem percebem. Faça um teste: tente beijar seu parceiro e perceba o que você sente. Se a sua vontade for a de “tomara que acabe logo”, acho que a sua dúvida já está mais do que respondida.

5 – Não existe mais conexão sexual, o ato termina e o que resta é a sensação de vazio.

Como falei, existem casais que não se beijam, mas continuam transando. A rotina nos leva a “automatizar” nossos atos e o sexo faz parte do “check-list” da casa. Não existe orgasmo, nem calor, nem emoção. Não tem momento. Seu pensamento está nas coisas que tem que fazer no trabalho, nas compras do mês, na data de virada do seu cartão de crédito, naquele boleto que você vai pagar atrasado porque esqueceu, menos no prazer de estar ali com o homem que você escolheu para compartilhar a vida. Será que essa conexão ainda faz sentido pra você? Pense nisso!

6 – Não existem planos para o futuro.

As pessoas mudam com o passar do tempo, isso é natural. O que antes era muito importante para a gente, hoje pode não ser mais. Assim é com todo mundo. O casal se une por afinidades e a decisão de compartilhar a vida tem esse princípio como base. Uma vez que o tempo passa, os interesses mudam. E se cada um tiver interesses, sonhos e objetivos distintos, fica impossível continuar um relacionamento. Alinhamento de metas é fundamental para manter uma relação, se não existir, melhor cada um seguir sua vida e buscar o que faz seu coração vibrar e os seus olhos brilharem. (Olha a minha frase aí de novo!).

7 – A rotina torna-se automática, mecânica e sem emoção.

Todos os itens acima estão intrinsecamente ligados a esse último. A rotina vai virando a nossa “zona de conforto”, onde tudo é realizado automaticamente, sem maiores acontecimentos. O problema é que nada acontece na zona de conforto e nós nascemos para viver emoções. Se não existir emoção, qual o sentido da vida? Volto a perguntar: o que te levou a tomar a decisão de compartilhar a vida com essa pessoa? A sensação que você sentia ao estar com ela, certo? Analise porque essa sensação não existe mais. Por que o que antes te proporcionava prazer hoje te irrita? Pode ser que você já tenha percebido isso e, se de alguma maneira, tentou “resgatar” essa emoção e de nada adiantou, nem precisa ler os outros itens novamente para entender como – de fato – está a seu relacionamento.

Eu, como autora desse artigo e Master Love, desejo que você busque sempre o que faz o seu coração vibrar e os seus olhos brilharem, pois graças a essa frase, despertei para a minha felicidade e quero que você desperte para a sua também.

Com amor,

Carolina Vieira

Carolina Vieira de Paula