O
Autor da pesquisa, Jonathan Rothwell é economista principal da Gallup e a
publicação se deu pelo Institute for Family Studies. A Gallup possui o maior
banco de dados já criado sobre o bem-estar subjetivo e, para essa pesquisa
foram ouvidos 2.814.995 adultos dos EUA.
Desconheço pesquisa semelhante no Brasil e, é claro, muitas são as variáveis de um e outro país, mas serve de parâmetro para todos uma pesquisa tão massiva e por período tão longo (2008 – 2023).
Em tese, duas foram as questões perguntadas aos participantes:
1) Imaginando uma escada com 10 degraus, sendo o 1, a pior vida possível e o 10 a melhor vida possível, em qual degrau da escada você diria que pessoalmente se sente nesse momento?
2) Em qual passo você acha que estará daqui a cinco anos?
Para ser próspero, a nota teria que ser superior a 7 na primeira pergunta e superior a 8 na segunda.
E, comparando os status de relacionamento, os adultos casados são, de longe, os mais felizes, de acordo como avaliam sua vida atual e futura! E mais, os adultos casados de 25 a 50 tem 17% a mais de probabilidade de prosperar do que os adultos que nunca se casaram.
Ainda que se leve em conta outros elementos, como gênero, raça, etnia, idade, escolaridade, a constatação sobre os casados permanece.
Aliás, para os adultos americanos, o estado civil é um indicador mais forte de bem-estar do que educação, raça, idade e gênero. Não interfere nesse resultado a preferência partidária, filiação religiosa ou renda familiar.
E as comunidades nas quais existem mais pessoas casadas tendem também, a ser mais felizes.
Por fim, ser casado afasta as pessoas da mortes de desespero, definidas por suicídio, intoxicação por drogas ou álcool ou overdose.
A conclusão da pesquisa é:
“.as pessoas casadas desfrutam de maior bem-estar, quando solicitadas a refletir sobre sua vida. Eles avaliam suas vidas atuais e futuras como estando mais próximas da melhor vida possível. (.) Da mesma forma, as comunidades são mais felizes quando mais pessoas casadas vivem lá e quando os filhos estão sendo criados em lares casados.
Em suma, pelo menos nos Estados Unidos, parece que o bem-estar flui com o casamento. Pessoas casadas estão vivendo suas melhores vidas.”
E aqui no Brasil, você acha que o resultado seria semelhante?
Como eu disse no início, há diferenças muito grandes entre um país e outro, mas ouso dizer que sim, que aqui, como lá, as pessoas casadas têm um nível maior de felicidade.
E por que digo isso? O ser humano é um ser social, precisa conviver com outros. É da nossa natureza.
E a nossa tradição é da sagrada família. Queremos que nossos pais permaneçam casados e, quando isso não ocorre, é uma sucessão de traumas.
Desde crianças, pelo menos as meninas, sonham com a festa de casamento (entenda bem, não com o casamento em si, mas com a festa, com certeza).
Há uma cobrança social pelo casamento e pela constituição de família.
É claro que, diante dessas circunstâncias, quem se casa não tem que lidar com essas pressões sociais nem com a sensação de inadequação e, às vezes, de fracasso.
O casamento é, em princípio, a instituição que permite a procriação e a constituição de uma família regular.
Embora o índice de mulheres que criam sozinhas seus filhos seja assustador e as mulheres que optam por produções independentes, não há como negar que o ideal para todos é que pais e mães criem seus filhos juntos, dentro de um casamento, se possível.
Quando o casal é amigo e parceiro, um cuida do outro. Física e emocionalmente. As tarefas são divididas, a luta pela sobrevivência e a responsabilidade sobre os filhos, também.
Tudo isso faz com que o casamento seja ainda uma instituição de grande importância aqui como nos EUA. As benesses para a saúde mental e o equilíbrio emocional são significativas.
É claro que estamos falando de bons casamentos, nos quais existem respeito, admiração, parceria.
Se esses casamentos existem? Sim, Bem, existem. Mas não nascem prontos. É um processo, no qual os dois têm que estar muito empenhados em dar certo. E, como diz minha sábia tia, do alto dos seus 60 anos de casada, é preciso ter muita, mas muita, mas muita paciência.
Se você ainda acredita que seu casamento pode dar certo, vem falar comigo. Se tem algo que eu gosto muito de fazer é transformar o casamento das minhas Clientes em extraordinários.
Eliane Bodart