Temos, hoje, diversas outras formas de relacionamento além do casamento tradicional de nossos pais e avós.

O termo amigamia tem como base a falta de interesse de um indivíduo em firmar um relacionamento romântico com outra pessoa.

Apesar da amigamia ser conhecida e praticada pela maioria jovem, vejo essa forma de relacionamento em adultos 40+ que já estiveram em relacionamentos sérios e que, inclusive, já formaram famílias.

Após uma separação, por vezes dolorosa, essas pessoas querem ficar sozinhas numa primeira fase para suturar as feridas. Em seguida, vivem uma fase de descobertas entre romances passageiros e amores líquidos. Até que chegam à fase de irem em busca de um romance mais estável. Porém, diante de tantas experiências vividas acabam criando critérios para que o relacionamento seja no mínimo prazeroso.

Em geral, nesse momento da vida, homens e cada vez mais mulheres estão na fase em que já possuem sua própria casa, conjugam a lida dos filhos crianças ou adolescentes com vida profissional.

As mulheres, principalmente, estão usufruindo como nunca de sua liberdade sexual por conta do conhecimento do corpo e da libido. Mães com corpos esculturais sarados não só por conta da estética e sim pela saúde e vitalidade. Eles também não ficam atrás no quesito autocuidado, porém agora as mulheres querem mais, querem prazer e sabem como chegar a ele. E as que não sabem, estão querendo saber.

Então boys héteros, bora aprender e evoluir com esses mulherões da porr@ que estão aí se multiplicando?

A lista de pré-requisitos vai aumentando, como a música “Piloto” da Flora Matos: “. Pra pilotar só sendo meu piloto Caprichoso, cuidadoso e amoroso Um bom moço, estudioso, atencioso, corajoso, companheiro, verdadeiro .”

Novas configurações de relacionamentos.

Novas configurações de relacionamento estão surgindo, oferecendo alternativas aos modelos tradicionais.

Houve uma mudança na leitura do que é o amor, a família e o mundo.

E como fica a área afetiva nisso tudo? Ao novo comportamento de vínculos sociais?

Os combinadinhos.

Bem, sabe aqueles combinadinhos que fazemos com as crianças? Então, o combinado não sai caro. E na vida adulta, às vezes sai bem caro como solidão, insônia, sessões de terapia, antidepressivos, estimulantes, e por aí vai.

Eu sou muito fã de combinados, a manifestação de seus valores, crenças e desejos no início de um relacionamento já é um avanço no caminho de uma relação saudável. Quer monogamia, não monogamia, poligamia, trisal, manifeste! Quer ter filhos, não quer mais ter filhos, quer adotar, quer ter um pet, manifeste! Quer morar junto ou cada um na sua casa, manifeste!

E como equilibrar a individualidade com a intimidade?

Precisa de um dia com as amigas, um dia só com os seus filhos, um dia sozinha para seu autocuidado, um dia para jogar bola com os amigos, manifeste! Isso me faz lembrar o episódio do seriado “Sex AND the city” em que a Charlote (que tem um casamento tradicional e mãe de duas filhas pequenas) julga a decisão de Carrie e Big de passar pelo menos 1 dia separado no apartamento de solteira de Carrie. Resumindo o episódio: no final das contas, Charlote usa o apartamento da Carrie apenas para descansar da rotina pesada e ficar lendo revistas.

Quando percebemos que o outro não é nosso, e sim está conosco, fica mais fácil ter flexibilidade para criar um relacionamento único e personalizado.

Começamos a ter uma visão mais segura de nós, sem a angústia da sensação do medo de perder o outro e nos permitindo viver o sentimento.

Manifeste sua intenção, seu jeito de viver, seu sonho. Sem medo do julgamento porque no final das contas quem paga a conta é você. Ninguém vive por você! Manifeste sem medo de ficar sozinho, você é sua melhor companhia e a gente tem que ter medo é de não se perder de quem somos, principalmente em prol do outro.

Quando começamos a viver de acordo com nossa essência, nos aproximamos de conexões verdadeiras e começamos a enxergar o caminho para encontrar nossa turma, nossa tribo. Seja qual for a forma do relacionamento, a comunicação e a criação dos acordos são pontos fundamentais.

Então bora transformar os combinadinhos de criança em acordos conjugais verdadeiros de acordo com nossa visão de mundo, experiência de vida, valores e crenças.

Como viver esses novos relacionamentos.

Redefinindo relacionamentos através de comunicação transparente e honesta sobre expectativas e limites, respeitando a individualidade e priorizando tempo de qualidade juntos. Para isso, precisamos conhecer nosso mecanismo, saber o que gostamos, o que queremos, o que é inegociável. e obtemos isso através do autoconhecimento. Lembrando que a prioridade é nos amarmos como somos, e o que não gostamos em nós, temos livre arbítrio de fazermos upgrade, seja na estética, seja no comportamento.

Vai lá agora na frente do espelho e diga “Eu te amo!”. Faça isso todo dia!

E se estiver com dificuldade de fazer isso, eu te ajudo. Comece a sua metamorfose! Carla Lino @metamorfe.se

Referências:

● Artigos:

Novos formatos de relacionamento: como a pandemia afetou os modelos amorosos: https://delas.ig.com.br/amoresexo/2021-11-26/relacionamentos-amor-2022.html

\"Amor na contemporaneidade e as novas formas de se relacionar\" https://unifor.br/-/amor-na-contemporaneidade-e-as-novas-formas-de-se-relacionar

\"Agamia: a nova forma de relacionamento que vem crescendo entre os jovens\" https://www.tnh1.com.br/noticia/nid/agamia-a-nova-forma-de-relacionamento-que-vem-crescendo-entre-os-jovens/

Carla Lino