Como
Terapeuta Masterlove, recebo muitas queixas de mulheres sobre seus
relacionamentos:
- Ele não me dá atenção
- Ele não responde às minhas mensagens
- Ele é impaciente comigo e, às vezes, responde com grosseria
- Ele não valoriza o meu trabalho
- Ele não me dá valor como sua companheira
Ou acabaram de se separar e se sentem com baixa autoestima, acreditando que a culpa da separação é delas.
Tanto em um quanto em outro caso o que eu aconselho é que ela inicie, imediatamente, um caso de amor.
Calma, Bem, um caso de amor consigo mesma.
Toda vez que se coloca na mão do parceiro sua própria valoração, você está dando ao outro o poder de definir não só o seu valor como mulher, mas o seu valor como ser humano.
Se o outro diz que você é burra, você acredita. Se ele diz que você é incompetente, você acredita. Se ele diz que você não vale nada como mulher, você acredita.
E esse tipo de fala realmente nos faz acreditar, porque queremos a aprovação do outro, o amor do outro, a valoração alta que ele pode nos dar.
Mas quanto mais ele detém esse poder, mais passa a te desprezar e a agir como se você fosse inferior, porque ele também acredita no julgamento que faz de você, já que você não contesta.
Chega um momento que você tem absoluta certeza que é, desculpe a expressão, um monte de m.
E é nesse momento que eu entro. Para fazer você entender que apenas uma pessoa pode te dizer quem você é: você mesma!
Quem conhece suas dores, seus defeitos, mas também suas habilidades, suas virtudes, seus desejos e habilidades?
Amor-próprio é se conhecer e gostar do que vê. Ter amor-próprio é essencial para elevar a autoestima.
Cinco passos para conquistar seu amor-próprio:
1) Faça uma lavagem cerebral. Expurgue todas as opiniões negativas que seu companheiro, seus pais, suas amigas, seu chefe emitiram sobre você.
Quando você permite que o seu companheiro te diga qual o seu valor, é bem provável que em outros setores da sua vida você tenha permitido o mesmo.
Para deixar bem claro o que você tem que eliminar, pegue uma folha de papel e, à mão, escreva cada julgamento negativo que Fulano ou Cicrano fez de você.
Lembre-se como era doloroso ouvir aquilo, o quanto você queria dizer que ele estava errado.
Chore, Bem. Se precisar chorar, chore.
Terminou de escrever, leia, dobre, coloque em um envelope e escreva: NUNCA MAIS! Letras maiúsculas e garrafais. Ponto de exclamação ao final. E queime.
2) Ressignifique. Agora, pegue outro papel, escreva à mão quais são suas qualidades, o que existe em você que você gosta, que te dá orgulho, que você acha que manda muito bem?
Eu sei que em um primeiro momento é muito difícil preencher essa folha, afinal, você nunca olhou para si, sempre aceitou o julgamento alheio. Se encontrar essa dificuldade, deixe essa folha ao lado da sua cama e, todos os dias, antes de dormir, escreva ao menos uma coisa em você que te agrade. E, antes de dormir no dia seguintes, leia todas as palavras que você já escreveu e acrescente mais uma. E assim por diante.
3) Confronte sua própria imagem. Nua, espelho de corpo inteiro, avalie seu corpo físico. O que te agrada? O que te desagrada? Olhe detidamente seu rosto. Qual a cor dos seus olhos? O formato das suas sobrancelhas te agrada? E a cor do cabelo? Ele está cuidado, sedoso, tintura em dia?
Agora, imagine o que você pode fazer para seu corpo te agradar completamente. Quem sabe um pouco de exercício, uma ida ao salão de beleza para manutenção completa (um dia de princesa, você merece, pode acreditar). Um novo corte de cabelo, uma nova cor.
Como você pode se cuidar mais? Usar hidratante, um creme antissinais, pegar um pouco de sol.
Nada radical, por favor. A intenção é que você perceba o quanto é bonita e que passe a se cuidar mais, não para parecer bem, mas para estar bem. Você consigo mesma, com sua autoimagem.
Afinal, você começou um novo ciclo, no qual você pegou as rédeas da sua vida em suas próprias mãos. Como é essa nova mulher? Bem cuidada, com certeza.
4) Desafie-se. O que já quis fazer mas foi impedida porque alguém disse que não era capaz ou porque você simplesmente passou a acreditar que não era capaz.
Estudar, por exemplo, fazer um curso profissionalizante, viajar. O importante é atrever-se (com bom senso, óbvio) e ver do quanto você é capaz.
5) Aproveite sua própria companhia. Quando você aprende a vivenciar a solitude, que é estar bem e em paz na sua própria companhia, você se liberta da necessidade de ter alguém ao seu lado, e para de mendigar afeto.
Quando sua própria companhia lhe dá satisfação, paz de espírito, prazer, você se torna muito mais seletiva com quem estará ao seu lado.
Fácil? Não, Bem, não é nada fácil. É preciso coragem. É um processo, dependendo da ferida, às vezes dolorido e lento. Ninguém se transforma do dia para noite.
Qual o benefício? Chegar do outro lado inteira, maior e mais forte, atraindo apenas relacionamentos nos quais o respeito e a admiração por você imperem, porque se isso não ocorrer, você sabe o seu valor e que pode, sim, atravessar mares sozinha e, ainda, desfrutara da viagem.
Se precisar de ajuda, conte comigo.
Eliane Bodart