Certo dia li sobre este tema e fiquei
impressionada. Achei inacreditável que acontecesse algo do tipo. Para mim, uma
grande novidade. Ao buscar mais informações sobre Férias Conjugais, percebi que
o assunto era mais comum do que eu pensava.
Imagine este momento da vida-a-dois: o casal convive diariamente e compartilha alegrias, amor e estresses. E bem sabemos que existem diferenças que aprendemos a aceitar no outro, para uma boa convivência. Mas quem não sonha com “aquele momento” de ter um tempo só para si? De dormir e acordar na hora que quiser, não ter que fazer comida, arrumar a casa, ou qualquer rotina que envolve o seu dia a dia junto à pessoa amada? Vamos admitir: é muito bom! Você concorda? Basta umas férias de poucos dias, para viver estes momentos de liberdade.
Vejam a história de Francisca. Mulher casada, independente, empresária. Para manter a empresa funcionando, um pequeno ponto comercial administrado por ela e seu esposo João, nem sempre é possível marcarem juntos uma viagem. O que o casal fez? De comum acordo, após uma boa negociação entre eles, Francisca tira uns dias de férias conjugais para relaxar, visitar parentes, sair com amigas, cuidar de sua saúde e beleza. Neste momento, João administra sozinho o comando da empresa do casal, um bar muito movimentado, principalmente nos finais de semana, pois trabalham com delivery de bebidas.
Quando Francisca retorna mais renovada e feliz, é a sua vez de assumir bar, enquanto João tira seus dias para relaxar, estar com os amigos, parentes, descansar, enfim: fazer o que gosta, desligando-se da rotina estressante do trabalho no bar. E claro, inclusive, de sua contribuição em casa nos serviços domésticos junto com a esposa.
Foi através dessa rotina de trabalho que a renda do casal melhorou bastante, permitindo que organizassem sua vida financeira com investimentos e cuidando da reserva de emergência, o que lhes trouxe mais conforto e mais dinheiro, para estarem se permitindo esses momentos felizes de suas Férias Conjugais.
Ao retornar de suas Férias Conjugais, também mais renovado e feliz, João assume novamente a rotina diária do bar e do lar com sua amada esposa. A saudade entre eles é imensa, e não perdem a oportunidade de se agarrarem aos beijos e abraços, ou até fazerem amor ali mesmo, no seu “cantinho do amor do bar”, só deles, nas vezes em que o movimento do bar diminui.
E assim vivem sua intensa rotina de trabalho, na maior parte do tempo trabalhando juntos. Quando querem viajar um na companhia do outro, para curtirem as férias do casal, programam com antecedência uma viagem a dois, reservando passagens e hospedagens. Neste período, contratam um profissional de sua confiança para administrar o bar durante sua ausência e comunicam à clientela. Dessa forma, não precisam fechar o estabelecimento.
Benefícios.
Na maioria das vezes, poucos dias de afastamento já fazem o casal se sentir mais feliz e fortalecido em seu amor.
Para alguns casais, Férias Conjugais representam um assunto inaceitável, pois acreditam que sempre devem fazer juntos a viagem de férias, para aquele lugar tão sonhado. É claro que isso é importante, pois relaxam juntos e refazem as energias do relacionamento.
Às vezes um dos parceiros não aceita que o outro viaje sozinho. Vem logo à cabeça um pensamento de traição: que o outro está planejando viajar com outra pessoa. Não estou me referindo a casos extraconjugais.
E quando há filhos de outros relacionamentos? Como o pai ou a mãe se sentirá se não puder visitá-los pois seu cônjuge não concorda? Luiza chegou ao ponto de se separar de seu marido Jorge, pois ele não concordava que ela viajasse sem ele. E um dos filhos dela, de seu casamento anterior, morava em outro país. O que aconteceu? Ela viajou com sua filha para visitarem o filho e irmão.
Pouco tempo depois que retornou da viagem, ela e seu marido Jorge acabaram retomando o relacionamento, pois se amavam. E agora moram em casas separadas.
A negociação.
Não podiam apenas terem negociado? Por isso é importante
que o casal aprenda a negociar e entender a necessidade do outro. Acordando as Férias
Conjugais, cada um vai para um lado curtir o que gosta, com amigos ou pessoas
queridas. Ou até mesmo sozinho. Nem sempre um quer fazer o que o outro deseja.
Passam um tempo distantes, mas depois retornam ao convívio em comum, até com
mais saudade um do outro.
O importante é que ambos aprendam a respeitar a liberdade do outro - um ótimo ingrediente do amor para manter a paixão acesa. Ou reacendê-la.
Há casais que já combinam com antecedência suas Férias Conjugais. Outros, tiram um dia na semana para se permitirem este prazer. Com liberdade, confiança, respeito e negociação. E a magia desse acordo é que em boa parte das vezes, com toda essa liberdade, o casal opta em ficar juntinho. Um na companhia do outro.
Possibilidades.
Há casos em que o relacionamento está bem desgastado pela rotina e estresse, e o casal não está sabendo resolver. Dentre as várias alternativas para solucionar este problema, podem contratar uma profissional MASTER LOVE. Com certeza, ela os ajudará - e muito! Se eles se permitirem esta ajuda. Podem também optar pelas Férias Conjugais, por que não? Aí me pergunto: neste caso, representa uma solução? Esta pode ser uma oportunidade de renovação do relacionamento ou o seu fim.
Mas, cuidado.
E por fim, me lembrei do caso do Coronel Jurandir.
Homem de muitas posses, casado, três filhos pequenos, morador de Ipanema, Zona
Sul da cidade do Rio de Janeiro. Com casa na Serra, resolveu por conta própria
tirar suas Férias Conjugais. “Despachou” sua esposa e filhos para a casa da
Serra. Ela, relutante, pois adorava os banhos de mar matinais, seguiu a
contragosto, após deixar tudo organizado para seu esposo: Deixou comida
preparada, roupa limpa e passada, tudo pronto para o conforto do marido. E
levou a empregada com ela. Coronel Jurandir, muito satisfeito com este momento
de liberdade, sem preocupações com os filhos e livre das chatices da mulher,
aproveitou. Não fazia nada, só consumia a comida dia a dia, deixando as louças
sujas se acumulando, foi usando todas as suas roupas, deixando largadas pelo
chão, ahhh!! Que coisa boa! Passou um tempo, a comida foi acabando, o armário
com suas roupas limpas foi esvaziando, não tinha mais louça limpa, pois só
usou, usou e usou. A casa virou um caos! E aí ele foi sentindo falta da esposa,
de sua habilidade em deixar tudo organizado, e desesperado, pediu que ela
retornasse. Coronel Jurandir nunca mais pensou em Férias Conjugais, passando a
valorizar muito mais sua esposa. Férias agora, só juntos!
Maria Leticia Marques Teles Lobo Rohrs