Estamos vivendo um momento de muita fragilidade emocional.  

Muito se fala, se vê, se comenta, se vive, se pesquisa, se busca sobre Relacionamento Tóxico. 

Há muitas pessoas falando sobre isso nas Redes Sociais, nas rodas de amigos, nos consultórios de terapeutas e psicólogos.

Contudo, irei discorrer aqui o que julguei mais interessante salientar. 

Não tenho a intenção de me ater em explicar sobre Relacionamentos Construtivos e Relacionamentos Tóxicos, mas sim, o que eles proporcionam.

Farei aqui, um apanhado geral dentro do que pesquiso, observo e vivencio.

Relacionamentos Tóxicos.

Quem está em um Relacionamento Tóxico tem muita dificuldade de se reconhecer e sair dessa situação, porque traz um histórico de traumas acumulados ao longo da vida, mesmo sem perceber. Frequentemente se sente preso porque o cérebro, acostumado com a dor, acaba normalizando esses abusos.

Assim, na vida adulta, esse histórico de traumas não resolvidos, podem fazer com que se aceite ou justifique comportamentos tóxicos, como se o sofrimento fizesse parte inevitável da relação. Por isso, incapaz de encontrar uma saída, ainda que todos ao redor percebam e alertem sobre o impacto negativo que está causando na saúde emocional e mental da pessoa, ela não consegue se desvincular, justificando o comportamento do outro e criando desculpas para suportar essa situação.

A insegurança de enfrentar o fim da relação, o medo de ficar sozinho, de encarar a dor da separação, às vezes parece maior que o próprio sofrimento do abuso diário. Só que essa negação acaba por corroer a autoestima, fazendo com que a pessoa se sinta mais presa ainda nesse ciclo. 

Para muitos, o abuso emocional origina-se da convivência familiar, vindo desde a infância, com experiências de abandono, negligência, falta de afeto, abuso e hostilidade, que podem distorcer aquilo que se entende por amor, cuidar e ser cuidado e respeito. 

Na maioria dos casos, o que a gente chama de amor é, na verdade, uma dependência emocional. Quando se cresce acreditando que o amor exige sacrifícios extremos, como abrir mão da própria identidade, da liberdade, acaba-se se submetendo a dinâmicas de controle e manipulações emocionais que, começam com comentários que desvalorizam, de forma muito sutil e, vão se intensificando como críticas ácidas, sarcasmos e piadinhas disfarçadas de preocupação, modificar certos comportamentos, cortar contato com amigos e familiares. Aos poucos, se perde o senso de quem realmente é, perdendo a condução e o controle da própria vida, ajustando-se sempre às experiências e expectativas do outro, isolada e sem defesa.

A Relação Tóxica é complexa e cheia de manipulações emocionais, dependência afetiva e padrões de comportamento, que se repetem sem que se dê conta disso. 

Relacionamentos Construtivos

Uma Relação Construtiva desperta aquilo que se tem de melhor, levando em conta tanto o sentimento que desperta no outro, quanto o sentimento que o outro desperta em você.

Há sentimento de tranquilidade, segurança, acolhimento, respeito mútuo, confiança, companheirismo, cumplicidade, alívio, leveza, fluidez. Há uma rotina gostosa, pautada na verdade, sem a necessidade de se provar tudo o tempo todo.

Logicamente, em toda relação, existem sim os conflitos, porém, a boa vontade e o olhar mais humano, estão presentes para se encontrar uma solução madura, renovando a admiração um pelo outro, convivendo e se apaixonando mais um pouquinho todos os dias. 

Se diz por aí que as relações não duram mais. Duram sim. Tudo depende do que você se propõe, define e cultiva em função do que quer para sua vida. 

Deve haver, com toda certeza, afinidade: nos planos em comum, nos ideais, nos sonhos, valores e objetivos.

Uma relação madura exige maturidade emocional. Ela não vem com o tempo. Ela é uma escolha que se faz diariamente, se dispondo diariamente a amadurecer na relação consigo e com as demais pessoas.

A generosidade no convívio gera o reconhecimento da individualidade, respeitando o espaço um do outro, procurando, na medida do possível, ajudar, amenizar situações, ouvindo e se apoiando mutuamente. 

Um fator muito importante a se salientar são os acordos que precisam ser feitos para que tanto um, quanto o outro saiba claramente como a relação deve ser e saiba o que esperar um do outro.

Existem três elementos numa relação saudável e construtiva: eu; você; nós dois. Sendo assim, as individualidades devem ser consideradas: coisas, gostos, momentos só ou com amigos. 

Conclusão:

Muitas vezes, por não compreender ou mesmo se conformar com a situação de pessoas que vivem numa relação tóxica, não acreditamos que isso ainda possa acontecer. Mas, como pude compreender, a questão é muito profunda e complexa.

Analisando Relações Construtivas e Tóxicas, notamos que uma é o oposto da outra: enquanto uma oprime, diminui, aprisiona e isola, a outra enaltece, enriquece, engrandece e liberta.

Enquanto uma adoece, deprime, aprisiona e prejudica, a outra traz saúde, amplia horizontes e faz evoluir.

Uma pessoa que esteja passando por situações de abuso na relação, muitas vezes, precisa ser encaminhada para um especialista qualificado que possa ajudar de maneira eficaz.

Mas, se precisar de ajuda para clarificar e orientar uma pessoa que esteja passando por situações de abuso na relação eu, como Masterlove, posso ajudá-la.

Fontes:  

Palestras e entrevistas com Rossandro Klinjey e Anahy D’Amico  

Mitzi Regislaine Mello